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Pais: como prevenir o uso de drogas por seu filho

Os pais e a família, em geral, são grandes aliadas da prevenção às drogas

 

O uso de drogas cada vez mais precoce é uma preocupação mundial, pois além dos inúmeros gastos gerados com o uso de drogas, ainda existem muitas vidas que são perdidas. Por esse motivo, faz-se necessário um olhar para a prevenção do uso, em específico a prevenção que é gerada no seio familiar.

Hoje se busca pela prevenção eficaz, isto é, aquele que traz resultados comprovados de sua eficácia. Neste quesito, a família não só é aliada da prevenção às drogas, segundo o atual levantamento da UNODC, mas nas famílias estão algumas das ações de maior eficácia. Isso no que diz respeito a prevenção de crianças. Devemos entender que as causas do uso de drogas são multifatoriais e, sendo assim, a prevenção também precisa ser. 

A SENAPRED lançou no dia 15 de outubro de 2020 uma cartilha sobre prevenção voltada aos pais: “12 práticas de como os pais e responsáveis podem, no dia a dia, proteger o futuro das crianças e adolescentes em relação ao uso do tabaco, álcool e outras drogas”.

Vamos relembrar 2 das práticas recomendadas na cartilha:

 

Prática 1 – PAIS: DEEM MUITA ATENÇÃO

Vivemos hoje em uma sociedade na qual a maioria dos pais trabalha fora de casa e tem muitas outras atividades ao longo do dia e, com isso, quase ninguém tem tempo para nada. Ao chegarem em casa cansados, os pais se deparam com filhos que querem atenção, querem brincar, querem conversar.

Nessa hora, é importante que os pais deem uma atenção efetiva para as crianças: não basta “fingir” que está ouvindo enquanto a atenção está voltada para algum aplicativo no smartphone ou se está olhando para o televisor. É preciso olhar nos olhos da criança/adolescente e realmente ouvir o que ela está dizendo.

Dar atenção pode ser universal, contudo, a forma como ela é dedicada deve ser de acordo com a idade daquele que a recebe. Para isso, é importante diferenciar algumas significativas idades para poder trabalhar a prevenção de uma forma mais efetiva: Primeira Infância (de 0 a 6 anos), Criança (de 0 a 12 anos incompletos) e Adolescente (de 12 a 18 anos incompletos).

É fundamental que os filhos percebam que você presta atenção neles e os ouve. Isto fica gravado na memória e reforça neles o sentimento de que são importantes e que você estará disponível sempre que eles precisarem. É um trabalho cansativo e desgastante, mas fundamental para a prevenção.

É fundamental que os filhos percebam que você presta atenção neles e os ouve. Isto fica gravado na memória e reforça neles o sentimento de que são importantes e que você estará disponível sempre que eles precisarem. É um trabalho cansativo e desgastante, mas fundamental para a prevenção.  É importante fazer refeições em família, para manter seus membros unidos e atentos uns com os outros, bem como prestar atenção se cada um está com seu smartphone digitando algo, ou se esquenta seu prato e se alimenta no horário que quiser. Os pais podem ser criativos para reorganizar o lar, diante de situações que geram risco ao diálogo (comunicação) da família. Vale lembrar que esse é o momento da família e, para alguns, o único momento no dia para a família estar junto.

Hoje, com o ritmo de trabalho dos pais, muitas vezes a família fica esquecida. As conversas e diálogos familiares são cada vez mais escassos dentro dos lares. Em uma conversa com o pai de um adolescente que portava drogas em ambiente escolar, o médico pediatra relatou o seguinte trecho da declaração do pai:

Não converso com meu filho há vários meses. Tivemos uma briga, saímos no tapa e não conversamos mais”.

As discussões nos lares podem e irão acontecer, contudo a quebra do vínculo familiar deve ser evitada e, quando houver, pais atenciosos irão buscar restaurá-la.

 

É fato que a sociedade mudou, mas quanto?

Com a inserção dos meios de comunicação globais, as famílias estão mais conectadas com o mundo externo. Contudo, se esse tipo de comunicação for demasiado, corre-se o risco de a conexão familiar estar prejudicada e as pessoas se distanciarem sem perceberem o que está acontecendo dentro de casa. Muitos pais só percebem que seus filhos estão usando drogas muito tempo depois.

 

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PRÁTICA 2. PAIS: TENHAM UM AMOR EXIGENTE

Os pais têm amor por seus filhos. A maneira de se demonstrar este amor é que difere. Demonstrar um amor incondicional consiste em buscar fazer aquilo que é o melhor para seus filhos e isso exigirá bastante dos pais que querem realizar a prevenção com eles. Infelizmente, é muito comum a educação por meio da agressividade, palmadas ou atitudes mais violentas que traumatizam muitas crianças. Por outro lado, uma educação na base de trocas também tem seus riscos, podendo ser muito perigosa. Presentear demais é tão prejudicial quanto a violência ou a negligência.

Ser pai ou mãe também é dizer não!

Em outras palavras, é colocar os limites para prevenir o filho. O dizer não vem desde pequenininho. Pais que nunca impuseram limites, dificilmente conseguirão fazê-lo aos 13, 14 ou 15 anos de idade, período em que a distância do vínculo familiar pode se tornar maior.

Vale lembrar que o respeito mútuo faz parte do amor na família. Se entre os pais não existem limites nem respeito mútuo, dificilmente os filhos agirão com respeito e aceitarão limites. Conversas com o cônjuge são tão fundamentais para a prevenção efetiva, quanto a atenção ao filho. O exemplo prático é a maior força para que as coisas caminhem bem.

O amor incondicional é aquele em que se está sempre ao lado dos filhos, mas atento a todas as necessidades de correção de rota: se algo não está bem, é preciso orientar e corrigir de forma carinhosa e compreensiva, porém exigente.

Este amor fortalece nossa relação com os filhos e faz com que eles percebam que estamos sempre presentes ao lado deles, corrigindo-os sempre que necessário, mas ao mesmo tempo, amando-os incondicionalmente.

Toda vez que os filhos não encontram dentro de casa esse amor, eles podem ir em busca disso fora do lar e, muitas vezes, não têm estrutura para suportar o que a sociedade lhes oferece.

Hoje vemos muitos pais buscando dar o que há de melhor para seus filhos: presentes, o melhor smartphone, o mais potente computador, os últimos lançamentos de brinquedos e games. Buscam compensar a falta de tempo, de atenção e de amor com presentes quando, na realidade, o que nossos filhos querem e precisam é muito mais atenção e amor. Precisamos pensar nisso e rever nossas atitudes.

Pais atentos e com um amor exigente não são pais carrascos; pelo contrário, são pais que estão empenhando muita energia em busca da saúde familiar. Eles não devem ser confundidos com pais “camaradas”, ou melhores amigos, pois filhos precisam de pais! As próprias crianças e adolescentes dizem que precisam de limites estabelecidos por seus pais, porque assim se sentem seguros.

 

O EXEMPLO DOS PAIS É FUNDAMENTAL. RECONHECER SEUS PRÓPRIOS ERROS TAMBÉM EDUCA!

 

Fonte: Freemind e Ministério da Cidadania

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