Análise da Recomposição de Normas e Representações no Campo da Psiquiatria e Saúde Mental na Era da Saúde Mental Eletrônica: Estudo Qualitativo

Format
Scientific article
Publication Date
Published by / Citation
Morgiève M, Sebbane D, De Rosario B, Demassiet V, Kabbaj S, Briffault X, Roelandt JL Analysis of the Recomposition of Norms and Representations in the Field of Psychiatry and Mental Health in the Age of Electronic Mental Health: Qualitative Study JMIR Ment Health 2019;6(10):e11665 URL: https://mental.jmir.org/2019/10/e11665 DOI: 10.2196/11665 PMID: 31356151
Original Language

inglês

Keywords
ehealth
mental health
psychiatry
social representations
focus group
users
caregivers
qualitative analysis
digital tools

Análise da Recomposição de Normas e Representações no Campo da Psiquiatria e Saúde Mental na Era da Saúde Mental Eletrônica: Estudo Qualitativo

Abstrata

Antecedentes: Para a Organização Mundial da Saúde, a saúde eletrônica (eHealth) é vista como uma forma eficaz de melhorar as práticas terapêuticas e a prevenção de doenças na saúde. As ferramentas digitais levam a grandes mudanças no campo da medicina mental, mas são necessárias análises específicas para compreender e acompanhar essas mudanças.

Objetivo: Nosso objetivo foi destacar as posições das diferentes partes interessadas do sistema de saúde mental em serviços e ferramentas de saúde eletrônico, bem como estabelecer perfis de grupos profissionais e de usuários dessas posições e dos usos desses serviços.

Métodos: Para adquirir as opiniões e expectativas de diferentes categorias de pessoas, realizamos um estudo qualitativo baseado em 10 grupos focais (n=70, de 3 a 12 pessoas por grupo) composto por: clínicos gerais, psiquiatras, psicólogos, trabalhadores, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, cuidadores, usuários de serviços de saúde mental, representantes de usuários e o público em geral. As análises das discussões em grupos focais foram realizadas de forma independente por quatro investigadores por meio de uma grade de análise comum. O método comparativo constante foi adotado dentro deste quadro.

Resultados: Os entrevistados expressaram diferentes problemas que as novas tecnologias geram no campo da saúde mental. O que antes era estritamente a jurisdição dos médicos agora tende a ser fragmentado e distribuído sobre diferentes grupos e locais. Novas tecnologias reposicionam o atendimento no campo das atividades domésticas, e não terapêuticas, e, portanto, a concepção de cuidado como atividade autônoma na vida do sujeito é questionada. O ideal de autonomia social através da tecnologia faz parte da nova lógica da democracia e do empoderamento da saúde, que está ligada a uma forte e contemporânea aspiração de desempenho. Os participantes enfatizaram que havia o risco potencial de uma diminuição da autonomia para o paciente engajado digitalmente, enquanto o empoderamento pessoal poderia se tornar um conjunto de obrigações.

Conclusões: Esta pesquisa qualitativa destaca a heterogeneidade das opiniões entre os grupos e dentro de cada grupo. Sugere que as opiniões sobre dispositivos eletrônicos de saúde mental ainda estão longe de serem estabilizadas e que um processo de gerenciamento de mudanças deve ser configurado para regular o desenvolvimento e facilitar o uso dessas ferramentas.

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