Papel das parcerias pesquisa-prática-políticas na otimização da ciência da prevenção e no uso de evidências de pesquisa: a avaliação da eficácia do programa elos nas escolas brasileiras

Papel das parcerias pesquisa-prática-políticas na otimização da ciência da prevenção e no uso de evidências de pesquisa: a avaliação da eficácia do programa elos nas escolas brasileiras

Este resumo foi apresentado na 2018 sociedade para a prevenção de pesquisa reunião anual, que foi realizada 29 de maio-1 de junho de 2018 em Washington, DC, EUA.

Daniela Ribeiro Silva Universidade Federal de Santa Catarina;

Zila M. Sanchez Universidade Federal de São Paulo; Erikson Kaszubowski Universidade Federal de Santa Catarina; Fabíola Langaro Universidade Federal de Santa Catarina; Joselaine Cruz Universidade Federal de São Paulo; Douglas Gomes Universidade Federal de Santa Catarina; Leandro Oltramari Universidade Federal de Santa Catarina

Os programas de prevenção escolar têm uma função importante no campo da saúde, buscando riscos de mudança e fortalecendo fatores protetores. O Ministério da Saúde consolidou-se entre 2013 e 2016, em parceria com universidades federais, um projeto de implementação de programas de prevenção de uso de drogas baseadas em evidências. O elos, um dos programas que escolheu, resultou da adaptação cultural do programa de prevenção de saúde mental da criança bom comportamento Game, implementado em escolas públicas brasileiras, visando a redução de agressivas e disruptivas comportamento dos alunos. Para avaliar a implementação do programa utilizou-se um delineamento de estudo de métodos mistos em 2016, sendo um ensaio controlado, com delineamento quase-experimental, e um estudo qualitativo, com base na análise de conteúdo de entrevistas e grupos focais com a Participantes. 40 professores e 16 treinadores, de 16 escolas públicas de duas cidades brasileiras receberam treinamento e o comportamento dos alunos foi avaliado antes e seis meses após a implementação do programa. Outras 40 turmas, escolhidas nas mesmas escolas e séries, compuseram o grupo de comparação. 2319 alunos no primeiro momento, e 1731 no segundo foram avaliados nos dois momentos pela observação de professores utilizando o instrumento TOCA em sua versão adaptada para o Brasil. O alfa de Cronbach foi utilizado para as consistências internas. As comparações médias dos escores foram avaliadas por meio do teste t de Student para amostras independentes. Equações de estimativa generalizada (GEE) foram utilizadas para verificar o efeito do programa em cada comportamento analisado (variável dependente). Resultados positivos foram alcançados com a diminuição da agressão (Δ =-3, 05, DP = 1, 06; p = 0004) e a disruptividade nos meninos (Δ =-3, 71; DP = 1, 16; p = 0001). Para as meninas não houve diferenças significativas entre os grupos e o tempo. Os resultados qualitativos indicam que os professores que implementaram elosperceberam mudanças comportamentais nos alunos com maior colaboração e engajamento de pares em tarefas em sala de aula. Também relataram mudanças positivas em suas próprias práticas pedagógicas, indicando alta aceitabilidade do programa. Os resultados foram semelhantes aos outros obtidos pela GBG nas escolas norte-americanas e indicam a importância das políticas públicas baseadas em evidências como forma de qualificar as ações agendas entre saúde e educação no Brasil.

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