Associação de Legalização Recreativa da Cannabis com Uso de Cannabis Materna nos Períodos Pré-Natal, Pré-Natal e Pós-Parto

Format
Scientific article
Publication Date
Published by / Citation
Skelton KR, Hecht AA, Benjamin-Neelon SE. Association of Recreational Cannabis Legalization With Maternal Cannabis Use in the Preconception, Prenatal, and Postpartum Periods. JAMA Netw Open. 2021;4(2):e210138. doi:10.1001/jamanetworkopen.2021.0138
Original Language

inglês

Country
Estados Unidos
Keywords
cannabis
pregnancy
in utero
in utero exposure
Legalisation

Associação de Legalização Recreativa da Cannabis com Uso de Cannabis Materna nos Períodos Pré-Natal, Pré-Natal e Pós-Parto

abstrair

Importância: Estudos recentes revelaram aumentos no uso de cannabis em nível populacional após a legalização da cannabis recreativa. No entanto, a associação da legalização da cannabis com o uso da cannabis materna durante importantes fases de vida permanece desconhecida.

Objetivo: Investigar a associação da legalização da cannabis recreativa com o uso da cannabis materna durante os períodos pré-natal, pré-natal e pós-parto.

Design, Configuração e Participantes: Este estudo transversal repetido utilizou dados estaduais sobre mulheres que deram à luz bebês nascidos vivos nos EUA a partir do Sistema de Monitoramento de Risco de Gravidez de janeiro de 2004 a dezembro de 2018. Foram utilizados dados de 2 estados que legalizaram a cannabis recreativa (Alasca e Maine) e dois estados que não legalizaram a cannabis recreativa (New Hampshire e Vermont). As mulheres concluíram as pesquisas de 2 a 6 meses após o parto, relatando preconceito, uso pré-natal e pós-parto da cannabis.

Exposição: Legalização da cannabis recreativa estadual.

Principais Resultados e Medidas: Os 3 desfechos primários foram o uso autorre relatado da cannabis durante os 12 meses anteriores à gravidez (pré-concepção), durante a gravidez (pré-natal) e os de 2 a 6 meses após a gravidez (pós-parto). Utilizou-se uma análise de diferença de diferenças para comparar mudanças na prevalência do uso de cannabis materna durante cada período antes e depois da legalização estatal da cannabis recreativa, controlando as características maternas (idade, raça/etnia, escolaridade, renda, tabagismo e aleitamento materno) e efeitos fixos estaduais. Foram utilizados pesos de pesquisa específicos do estado.

Resultados: A amostra analítica incluiu 23 082 mulheres no período de preconceito, 23 859 no pré-natal e 26 610 no período pós-parto. Em cada análise, a maioria das mulheres foi casada (intervalo entre todos os grupos, 63,9%-64,8%), com idade entre 25 e 34 anos (preconceito, 55,4%; pré-natal, 55,9%; pós-parto, 56,1%), e renda familiar anual inferior a US$ 50 mil (preconceito, 55,7%; pré-natal, 56,3%; pós-parto, 55,5%). Em análises ajustadas, o preconceito e o uso de cannabis pós-parto aumentaram significativamente em estados que legalizaram a cannabis recreativa em comparação com estados que não a legalizaram (diferença de risco de preconceito, 0,0457 [IC95%, 0,0013-0,0900]; P = 0,04; diferença de risco pós-parto, 0,0539 [IC95%, 0,0259-0,0818]; P < .001). A diferença de risco para o uso da cannabis pré-natal não foi significativa (0,0070; IC 95%, -0,0120 a 0,0260; P = 0,47).

Conclusões e Relevância: Neste estudo transversal repetido, a legalização recreativa da cannabis esteve associada a mudanças no uso da cannabis materna antes e depois da gravidez. Os achados sugerem que estudos futuros devem empreender uma abordagem interdisciplinar para maximizar o benefício e a aplicação dos achados aos futuros setores de saúde pública, saúde e política.

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