Livia

Lições para uma vida sem drogas no futebol

Shared by Livia - 10 August 2020
Originally posted by Samuel Bettiol - Issup Brasil - 7 August 2020
Perdeu ou quer rever a Live Álcool e outras Drogas no mundo do Futebol?

Quando pensamos em fazer uma live para falar sobre Álcool e outras Drogas no mundo do Futebol, tínhamos a intenção de saber como um mundo cheio de glamour, regado a festas, mulheres e carros de luxo pode ser responsável pelo uso abusivo de drogas.

Uma vez definido o tema da próxima Live com Especialistas, fomos pesquisar o assunto e descobrimos que este mundo “maravilhoso” dos jogadores de futebol que ganham salários astronômicos só está acessível a cerca de 3% dos poucos atletas que conseguiram passar por uma peneira tão difícil quanto é a seleção destas crianças, segundo um relatório da Ernest & Young.

E, então, fizemos o convite a dois parceiros e amigos do Freemind e da ISSUP Brasil: Silas e Zé Elias.

Silas é Paulo Silas do Prado Pereira. Iniciou sua carreira no futebol no início da década de 80 como jogador, foi técnico de vários clubes e atualmente atua como comentarista da ESPN Brasil.

Zé Elias é José Elias Moedim Junior. Foi um dos mais jovens jogadores de futebol a vestir a camisa do Corinthians e atualmente é comentarista da ESPN Brasil.

Mas falar sobre drogas no futebol com dois ex-jogadores que nunca usaram drogas e nunca estiveram envolvidos em nenhum escândalo poderia ser um tiro no próprio pé ou deixar a desejar na questão do aprofundamento da questão que se queria debater.

Mas o que vimos acontecer durante a live do dia 05 de agosto de 2020, foi uma lição surpreendente de vida e de prevenção ao uso de drogas. Tanto Silas quanto Zé Elias falaram da importância da família e da educação no caminho certeiro que traçaram e seguiram em suas vidas.

Falaram do quanto é importante os pais passarem valores para seus filhos, desde muito pequenos e do quanto isso favoreceu o desenvolvimento pessoal e o crescimento de cada um deles.

Lembraram que, apesar de virem de famílias simples (como a maioria das crianças que tenta entrar para o mundo “fantástico” do futebol), os valores e a educação recebida em casa fizeram com que eles aprendessem a valorizar as coisas mais importantes e não as coisas mais supérfluas.

Comentaram que, na época em que eram crianças, os pais tinham autoridade sobre seus filhos e a utilizavam para dar um direcionamento correto na vida de cada um deles. Hoje, muitos pais terceirizam seu papel, delegando a outros a missão de educar e ensinar valores aos seus filhos.

Na vida da criança que quer ser um atleta conhecido e famoso, muitos pais entregam seus filhos (crianças, às vezes, com apenas 12 anos de idade) nas mãos de empresários e clubes que não estão preocupados em formar bons homens e mulheres, mas bons jogadores.

Dessa forma, as crianças que passam por esse funil tão estreito que seleciona os mais promissores, acabam crescendo sem uma estrutura básica familiar que poderia prepara-los para tomarem decisões corretas, como no caso da escolha entre usar ou não drogas.

As pressões neste meio são enormes: desde a difícil seleção (quando a maioria vê seus sonhos “ruírem” e se frustram ao não serem escolhidos), até a cobrança por resultados cada vez melhores. Nesse meio tempo, houveram vitórias e derrotas (essas, quase sempre a maioria).

Chegar no “topo” também exige do atleta um preparo imenso para suportar a vida longe de suas casas e famílias, a rotina estressante de treinos e partidas e a cobrança acirrada.

Sem uma estrutura familiar de base e sem uma educação voltada a ter valores éticos e morais, o atleta fica à mercê de comportamentos abusivos e destrutivos, de vícios como o uso de drogas e de violência.

Outro fator importante lembrado por nossos convidados, foi que a carreira de um atleta é muito curta: em média 15 anos. Por isso, é importante que ele entenda que estudar é importante e que aprendam a cuidar de suas finanças, porque muitos gastam todo o dinheiro que recebem e que, em muitos casos, apenas 2 anos após se aposentarem de suas carreiras podem estar completamente falidos.

Isto seria mais um fator que poderia leva-los ao uso de drogas...

Então, após uma hora de uma conversa surpreendente e agradável, podemos concluir o quanto a família (e o exemplo de seus membros) é primordial na decisão dos filhos de não usar drogas e seguir numa vida de sobriedade e sucesso.

Sim, sucesso! Porque, mesmo não sendo um dos 3% dos atletas que ganham salários astronômicos e que são reconhecidos no Brasil e no mundo, como disse o Silas logo no início do bate-papo: “Eu fico feliz de falar que hoje, depois de tantos anos em que fui feliz no futebol, a maior de minhas vitórias é ser feliz como pai, como filho e como esposo”.

Assistam a live na íntegra e surpreendam-se. Ajudem a divulgar. Vamos mostrar que uma vida de sucesso é possível e que a prevenção deve começar desde cedo, dentro de nossas casas, com o ensino de valores através do exemplo de nossos pais.

https://www.youtube.com/watch?v=Ko9r_lzDy6c